É uma abordagem teórica e pratica, que apresenta uma visão antropológica mais ampla que a psicologia convencional, bem como amplia a visão de mundo e de vida. Estuda e possibilita a aplicação dos diferentes níveis de manifestação da consciência. Utiliza de estados mais ampliados de consciência para auxiliar um melhor auto conhecimento e consequente transformação do ser humano.

Desenvolvimento da Abordagem

A AIT aqui no Brasil se expandiu por intermédio da ALUBRAT Fundação (Associação Luso Brasileira de Transpessoal) a qual já organizou onze Congressos Internacionais, alcançando mais de 15 mil pessoas do Brasil e exterior, e assim sucessivamente com desdobramentos incessantes, com a presença na SP (Proser-Programa de Saúde e Espiritualidade); no Conselho Regional de Psicologia SP e inúmeros outros grupos de atividade em Transpessoal. Na Abordagem Integrativa Transpessoal a espiritualidade é um aspecto central no desenvolvimento do ser humano, parte da própria biologia subjetiva. O significado original remete-se ao termo espirito-pneuma ou sopro-animador, o principio vivificante do sentimento autentico de alguma coisa. A espiritualidade legitima favorece uma ótica de confiança, promove valores do Ser destacados por Maslow, torna possível a perspectiva de uma sociedade melhor. A psicologia transpessoal deixa explicita a distinção entre espiritualidade e religião. A religião relaciona-se a prática publica, institucionalizada e dogmática. A espiritualidade não se atém a dogmas; integra o organismo ao meio, o racional, o emocional e o social com a clareza de que não estão separados, gerando altruísmo, cuidado ético consigo e com o outro como decorrência natural (Marques, 2000).

O olhar

A partir disso importantíssimo é olhar o sujeito como um ser bio, psico-social e espiritual, que possui uma consciência, mais ampla, sendo o estado de vigília apenas um dos estados do mundo da consciência. Tal consciência possui um manancial de potencialidades e saberes inimagináveis, entretanto em nossa espécie é tênue, precisa ser estimulada, nutrida. Os riscos são a falta de clareza dessa natureza essencial. Devido a isso a importância de localizar o sujeito no tempo e local sócio, cultural em que ele já viveu e vive para ir fortalecendo seu auto olhar e poder alcançar sua verdadeira essência sem as máscaras e opressões da sociedade. Oprimir ou negar seus aspectos espirituais e sua real natureza intrínseca pode adoecer este indivíduo de inúmeras maneiras. Nesta prática clínica é importante afirmar que a necessidade premente de escuta, presença, percepção da inteireza do outro, favorecendo a auto percepção do consulente. E todos os outros pressupostos que devem ser básicos e fundamentais na prática psicoterapêutica, por exemplo sigilo, exclusão de opiniões pessoais (contratransferência) entre outros.